domingo, 29 de novembro de 2015

Vértices e suas travessias



"O homem contemporâneo lança-se em busca do abismo porque é capaz de mostrar insatisfação com um estilo de ser e de agir que o nivela por baixo. Entre outras coisas, no sentido de redescobrir um protagonismo, uma capacidade de definir o próprio rumo e itinerário. Mas também no sentido de reencontrar a capacidade de sentir-se vivo, de tentar sair da condição de objeto, de experimentar eventualmente, de abrir acesso ao diferente, negociando com ele e com suas particularidades, trazendo para dentro da vida cotidiana, da volta para casa, uma série de questionamentos, esforços de redimensionamento e busca de novos horizontes de avaliação da totalidade da experiência humana como escolha, como mobilidade e com capacidade de sentir e de negociar com os próprios sentimentos – não no sentido de psicologizar as escolhas, mas no de integrar na vida a sensibilidade de modo estrutural e não apenas na superfície do estético, ou seja, no verniz do gosto." 

(Trecho do Livro "Turismo de Experiência", organizado por Alexandre Panosso Netto e  Cecília Gaeta. Uma das bases da pesquisa para o livro e longa metragem em live cinema "Verticidades")


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Nos vértices de Sydney...


A quase um mês em Sydney para captar a vida e seus vértices nas esquinas da cidade, percebo a força do capitalismo, comum das metrópoles planetárias, que aqui, obviamente, tem uma forte influência do comunismo chinês já capitalizado também. Uma mistura entre o não esbarra em mim e o podemos crescer juntos. São olhares gentis, porém fixados em seus celulares, portais para o mundo líquido, revelado por Zygmund Bauman. Andar pelas ruas de Sydney traz essa experiência líquida, de ser estrangeiro, um refugiado por escolha e esse reconstruir das identidades conflitadas a cada encontro. Neste caminhar ecoam fragmentos dos espetáculos já realizados em live cinema e que fazem parte de toda essa experiência em cinema expandido, são eles: o "Como Assim?!...",  "Chamei Porque Te Amo" e o "Parpadeo", tudo está interagindo agora, no agora e em todo lugar. Uma experiência expansiva para os caminhos percorridos no ensaio cine fotográfico "Verticidades".  A Opera House simboliza em seus vértices esse convite para experimentar o som da cidade. Evoé!!!